13 de Fevereiro de 2025

Urologia - Informação sobre as principais doenças

Entenda o porquê é importante fazer o exame da próstata.

1 - O que é câncer de próstata?
O câncer de próstata é a proliferação maligna das células da glândula prostática.
Corresponde à neoplasia maligna mais comum do homem os Estados Unidos, sendo a segunda principal causa de morte por câncer naquele país.
Sabe-se que após os 50 anos, um em cada 6 homens terão câncer de próstata. No Brasil, não temos os números da real dimensão do problema, sendo que estatísticas publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram um aumento significativo na incidência do câncer de próstata nos últimos 10 anos. De qualquer maneira, a sua alta incidência na população masculina acima de 50 anos, associada à elevada chance de cura em estágios iniciais tornam o câncer de próstata um verdadeiro problema de saúde pública. .

2 - Por que a detecção precoce é importante?
Os fatores que levam à maior probabilidade para o desenvolvimento do câncer de próstata ainda não são totalmente conhecidos. Sabe-se que os principais fatores de risco são a idade e uma predisposição familiar. Fatores ambientais e dietéticos têm sido muito estudados, com informações algumas vezes contraditórias.
Como nós atualmente não podemos prever ou intervir sobre os fatores predisponentes, o diagnóstico precoce é a única chance de um melhor prognóstico e, em última instância, de cura. É importante salientar que a doença pode ser diagnosticada em vários estágios (I a IV). A cura no estágio II é difícil de ser alcançada, sendo que a doença nos estágio IV é incurável.

3 - Como é feita a detecção?
A detecção precoce do câncer de próstata pode ser realizada através de 2 métodos bastante simples: o exame digital da próstata (mais conhecido como toque retal), a dosagem de PSA (antígeno prostático específico). Até a década de 1980, quando o PSA não era disponível, a média de idade para o diagnóstico era de 71 anos nos EUA , sendo que a maioria em estágios mais avançados (III e IV). Atualmente, o uso rotineiro do PSA permitiu que mais de 70 % dos pacientes tinham seu diagnóstico em estágio localizado. Hoje é indiscutível que a detecção precoce do câncer de próstata inclui a dosagem do PSA nos pacientes acima de 50 anos, com expectativa de vida superior a 10 anos. O toque retal, exame realizado pelo médico visando adiar o tamanho e especialmente a textura de próstata (lesões endurecidas são suspeitas de câncer), é um exame simples e essencial para o diagnóstico precoce.
Uma maior divulgação atual da importância destes 2 exames tem sido fundamental para uma melhor aceitação da população masculina para avaliação de rotina.
Vale salientar que o diagnóstico de câncer de próstata é apenas suspeitado pela alteração do toque retal ou pela elevação do PSA. A confirmação ou não deste diagnóstico é realizada mediante biópsia de próstata.

4 - O que pode acontecer com o homem se ele não fizer o toque retal?
A suspeita de câncer de próstata através do PSA e do toque retal tem efeito cumulativo (diagrama). Sabe-se que aproximadamente 20 % dos pacientes podem ter câncer de próstata suspeitados exclusivamente pelo exame do toque, isto é, na vigência de PSA normal. Desta informação, podemos dizer que a não realização do toque retal pode levar ao retardo no diagnóstico de uma parcela significativa de pacientes submetidos a testes de rotina, não cumprindo o objetivo para o qual foi criado, ou seja, propiciar a maior chance de diagnosticar o câncer precocemente. Na nossa experiência pessoal, tanto na medicina privada quando na Instituição de Ensino, é muito raro hoje que o paciente se recuse a realizar o exame após ampla explicação dos benefícios.



5 - Se o paciente descobrir que está com a doença, como deve proceder?
O diagnóstico da doença geralmente ocorre quando o paciente é acompanhado por um médico que suspeita, investiga e finalmente encaminha para o especialista para fechar o diagnóstico através da biópsia. A maior parcela dos urologistas hoje, especialmente aqueles com o TISBU (Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Urologia) tem capacitação para tratar a doença em todos os seus estágios, indicando a melhor conduta para cada caso. Existem várias possibilidades terapêuticas, podendo eventualmente ser necessária a participação de outros profissionais como radioterapeuta e o oncologista clínico, dentre outros.

Referencias Bibliográficas

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